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"A Rapariga Dinamarquesa" estreia no último dia do ano

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"A Rapariga Dinamarquesa" é um dos filmes mais aguardados do ano, que começou a dar que falar assim que foi anunciado que seria o jovem actor Eddie Redmayne a interpretar o papel de Lili Elbe, considerada como a primeira mulher trans a submeter-se à cirurgia de reatribuição de sexo.

Vencedor de alguns prémios em pequenos festivais e com o peso de três nomeações nas principais categorias dos Globos de Ouro, “A Rapariga Dinamarquesa” conta a história verídica de Lili Elbe, nascida como Einar Wegener, um famoso pintor dinamarquês que questiona a sua identidade de género. 

Os primeiros momentos do filme agarram-nos pela delicadeza com que entramos na intimidade do casal. Einar era casado com Gerda Gottlieb e a cumplicidade entre os dois personagens e actores é notória ao longo do filme. O desenrolar da história surge de uma brincadeira entre o casal em que Einar se faz passar por uma mulher, Lili, durante uma festa. Esta brincadeira abre uma porta que até então Lili mantinha fechada e a partir daí assistimos de uma forma intimista e arrebatedora à sua luta na definição da sua identidade. O que é uma máscara por uma noite passa a ser a vida real e toda a sua vida até então é revelada como uma máscara.

O realizador Tom Hooper (“O Discurso do Rei” e “Os Miseráveis”) consegue captar a atenção do espectador durante a primeira metade do filme, pela proximidade com que filma Eddie Redmayne, que tem aqui uma das suas melhores interpretações. A linguagem corporal de Lili é muito bem trabalhada pelo actor que pode, por isso, ser indicado para a categoria de Melhor Actor nos Óscares. A grande surpresa é o papel de Gerda, interpretado magistralmente por Alicia Vikander, a mulher de Lili que se confronta e acompanha de perto toda a transformação da pessoa com quem casou.

Por momentos Gerda chega mesmo a ser a personagem principal centrando em si a dor do processo por que Lili está a passar. A transexualidade aqui retratada na visão de quem a vive e de quem a acompanha, com todos os seus medos, angústias e conquistas. Contada de uma forma encantadora e poética, a história peca por ser demasiado previsível e pela ligeireza com que as personagens secundárias são introduzidas no desenrolar do guião. O filme é acompanhado por uma banda sonora extraordinária, aliás, já premiada pelos prémios da “Hollywood Film”.

O filme estreia a 31 de Dezembro nos cinemas nacionais.

3,5 estrelas em 5

 

 

André Faria

 

3 comentários

  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 13.01.2016 13:05

    O comentário duma pessoa que se assume como "genderqueer e pansexual" e faz parte dos órgãos sociais da Ação Pela Identidade – API, vale o que vale e bate na já cansativa tecla da invisibilidade trans.

    A opinião generalizada na comunidade LGBT é que o papel foi muito bem entregue e não fazia sentido ser uma mulher e muito menos uma mulher trans.
  • Sem imagem de perfil

    Shane Pereira 14.01.2016 00:19

    A si cansa-lhe o bater na tecla invisibilidade trans. A nós, pessoas trans, cansa-nos a própria invisibilidade. É bom saber que não x afecta.
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