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Marcha do Orgulho LGBTI cancelada em cidade israelita. Activistas e presumível incitador de ataque detidos

Gay Pride Beersheva.jpg

Beersheva, uma cidade no Sul de Israel, já não irá realizar a primeira marcha do Orgulho LGBTI prevista para esta sexta-feira, dia 15 de Julho.

 

A imprensa local relata que polícia da cidade não autorizou o percurso da marcha, que incluía atravessar a avenida principal da cidade, alegando razões de segurança e para não perturbar a ordem pública nesta avenida, que inclui numerosos edifícios religiosos, elevado tráfego e um centro de saúde. Em resposta, os activistas de defesa dos direitos das pessoas LGBTI decidiram apresentar uma queixa ao Tribunal de Justiça, que também negou a realização da marcha utilizando a totalidade daquela avenida. Uma alternativa proposta por este tribunal passaria por utilizar apenas uma parte da avenida em causa, com medidas adicionais de segurança, dado o surgimento de ameaças ao evento. Esta quarta-feira, os activistas decidiram, finalmente, cancelar a marcha e reuniram-se frente à câmara municipal - como forma de protesto.

Segundo o diário israelita Haaretz, vários activistas que estavam a organizar a marcha foram depois detidos. Um dos organizadores relata ao jornal que esteve três horas numa cela e que, no final, um agente da autoridade lhe disse que não percebia a razão de ele estar ali e libertou-o. Outro activista, que no momento da detenção foi acusado de ameaçar a segurança pública, foi também libertado sem outras justificações.

A polícia israelita informou que deteve também um jovem de 19 anos residente na mesma cidade e que terá incitado, através de mensagens num grupo no Whatsapp, a que outras pessoas levassem armas para a marcha do Orgulho LGBTI então planeada. O jovem terá recebido ordens para se manter afastado de Beersheva, bem como da próxima marcha do Orgulho LGBTI prevista para Jerusalém, na próxima semana. Recorde-se que, em 2015, seis manifestantes foram esfaqueados e uma pessoa acabou por morrer durante a Marcha de Jerusalém. 

Outros dois activistas também foram detidos depois de se terem reunido ontem em frente da Câmara Municipal de Beersheva em forma de protesto pela decisão da polícia e do Tribunal de Justiça. Os activistas queriam chamar a atenção para o sucedido e mostrar fotos à imprensa. A polícia confirmou ao mesmo jornal uma detenção com “objectivos de investigação” e outro activista foi libertado de imediato.

Segundo a organização da marcha “se a polícia tem conhecimento de ameaças, terá de lidar com estas, quer na avenida principal, quer em ruas secundárias. Em 2016 não é lógico relegar a parada do orgulho gay para ruas secundárias e não a realizar nas ruas princiais, sobretudo sendo esta a primeira edição”.

Em Israel realizam-se Marchas do Orgulho LGBT em várias cidades: Ashdod, Eilat, Jerusalém, Haifa e Telavive. A mais mediatizada e participada é a de Telavive. Recorda aqui a última edição em Telavive

 

3 comentários

  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 15.07.2016 22:50

    Só lês o titulo e depois comentas??!

    Sim é uma democracia.
    "Em Israel realizam-se Marchas do Orgulho LGBT em várias cidades: Ashdod, Eilat, Jerusalém, Haifa e Telavive"

    A marcha não foi cancelada, por se tratar de uma marcha LGBT, mas por motivos de segurança dos participantes.
    "A polícia israelita informou que deteve também um jovem de 19 anos residente na mesma cidade e que terá incitado, [...], a que outras pessoas levassem armas para a marcha do Orgulho LGBTI então planeada."

    O tribunal propôs que fosse realizada a marcha numa parte da avenida, para conseguirem garantir a segurança dos participantes.
    "Uma alternativa proposta por este tribunal passaria por utilizar apenas uma parte da avenida em causa, com medidas adicionais de segurança, dado o surgimento de ameaças ao evento."

    Foram os organizadores que cancelaram a marcha!
    "Esta quarta-feira, os activistas decidiram, finalmente, cancelar a marcha [...]".
  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 19.07.2016 18:11

    "Foram os organizadores que cancelaram a marcha!"
    Olha o victim blaming fresquinho. Suponho que pela sua lógica uma pessoa que dê a carteira e o telemóvel a um assaltante é culpada pelo roubo. Nojo de mentalidade!
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