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José Manuel Osório: Morreu o mais antigo português com VIH (com vídeos)

José Manuel Osório, que estava infectado há mais de 27 anos e que se tornou num exemplo de sobrevivência mesmo a nível internacional, faleceu no passado dia 11 de Agosto. Era considerado o mais antigo português portador do VIH. Foi protagonista do anúncio divulgado há dois anos a propósito do 20º aniversário da Liga Portuguesa Contra a Sida. No vídeo dizia na primeira pessoa: "O meu nome é José Manuel Osório. Sou seropositivo há 25 anos", concluindo com "a sida não se pega com um abraço, a sida não se pega com um beijo. A sida não se pega com um aperto de mão".

Em 2004, o Jornal de Notícias perguntava-lhe se estava farto de carregar o título do mais antigo português com HIV. “É o preço a pagar quando se deixa que as pessoas entrem na nossa intimidade. Quando era manager de artistas, tentava poupá-los a essa exposição. No meu caso, respondo sempre às perguntas, mas de acordo com o meu humor do momento”, respondeu. À data referia que queria viver até ao Euro 2004. “Não pelo acontecimento desportivo em si, que não me interessa, mas pela oportunidade que Portugal tem de se mostrar ao Mundo, e ficar com boa imagem do Mundo também. Aliás, foi isso que desejei em metas anteriores, nomeadamente, na Lisboa 94, e na Expo 98.” Pai do jornalista Luís Osório, José Manuel Osório nunca escondeu a sua homossexualidade depois de dar a cara pela doença.

O nome de José Manuel Osório fica  também associado ao fado. Gravou o primeiro disco em 1968, com poemas de Ary dos Santos, Lima Couto, Manuel Alegre, Mário de Sá Carneiro, António Botto, João Fezas Vital, Lídia Neto Jorge, António Aleixo e Maria Helena Reis. Em 1969, gravou o segundo disco e recebeu o Prémio da Imprensa para o Melhor Disco do Ano. No ano seguinte a Casa da Imprensa distinguiu-o com o Prémio para o Melhor Fadista. José Manuel Osório estava a trabalhar numa pesquisa sobre a imprensa fadista e deixa pronto para publicar um texto de introdução à reedição do livro "O Fado e os seus censores", de Avelino de Sousa. Em Novembro iria receberia o Prémio Amália Ensaio/Divulgação, que seria a sua consagração como investigador na área do fado.

 

Miguel Oliveira

 


 

 

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