Nobel da Paz diz que homossexuais devem ficar na última fila do Parlamento ou então fora atrás de um muro
Os homossexuais "devem permanecer sentados na última fila do Parlamento e mesmo fora dele, por detrás de um muro". As palavras são do líder histórico do movimento polaco Solidariedade Lech Walesa. "Eles [os homossexuais] têm de saber que são uma minoria e que têm de se adaptar às coisas mais pequenas", disse numa entrevista ao canal televisão TVN. No parlamento polaco têm assento um activista dos direitos LGBT e a deputada transexual, Anna Grodzka.
Walesa, que tem agora 70 anos, liderou o sindicato Solidariedade, que contribuiu para a queda do comunismo na Polónia. Enquanto lutou pela democracia no seu país, esteve preso e foi laureado com o Prémio Nobel da Paz em 1983. Foi eleito presidente da Polónia em 1990. Na mesma entrevista Lech Walesa foi mais longe: "Não quero que essa minoria, com a qual não estou de acordo – mas tolero e compreendo – se manifeste nas ruas e dê a volta à cabeça dos meus filhos e dos meus netos". Lech Walesa justificou a sua posição: "Sou da velha escola e não tenciono mudar. Compreendo que haja pessoas diferentes, com orientações diferentes e que têm direito à sua identidade. Mas que não mudem a ordem que está estabelecida há séculos."