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Como foi viver o Festival da Eurovisão em Malmo

Mais um ano, mais um festival da Eurovisão da Canção Este ano de 2013, o festival decorreu em Malmo, na Suécia, uma pequena cidade fronteiriça com a Dinamarca. No que se pode chamar um dos maiores eventos LGBT não oficiais, o mesmo acaba por criar um ambiente de Arraial LGBT, reunindo fãs de toda a Europa e um pouco de todo o mundo. Este ano, apesar de Portugal não participar, não houve falta de fãs lusos LGBT para animar a festa.

 

A cidade de Malmo não esqueceu os fãs LGBT. Reconhecendo o grande contributo e fasquia LGBT da Eurovisão, um pouco por toda a cidade foram hasteadas bandeiras do arco-íris - símbolo reconhecido do orgulho LGBT para que os mesmos se sentissem bem-vindos. Inclusivamente, este facto recebeu reconhecimento na página oficial da Eurovisão.

 

Torre do Torso em Malmo

Para quem é fã da Eurovisão, não é necessário explicar a grande excitação que se cria em volta da competição. Tudo misturado num ambiente de grande euforia que se cria todos os anos. Não tem apenas a ver com o nome da canção vencedora de 2012.

A emoção foi grande e os ânimos alegres. Um pouco por toda a parte viam-se provas eurovisivas tal como acreditações de fãs penduradas ao pescoço de cada segunda pessoa que passava, as omnipresentes borboletas - este ano símbolos da Eurovisão e o constante tema “We Are One” (somos um) escrito um por toda a cidade. Além das canções que se faziam ouvir em todos os cafés, bares, hotéis e restaurantes espalhados pela cidade. Foi com grande orgulho que Malmo acolheu este evento que, sem a mínima dúvida, ficará no mapa dos festivais da Eurovisão como um dos melhores.

O sítio de convívio dos euro fans foi o “Mooriska Paviljonen” (Pavilhão Mouro)

 localizado no “Folkets Park”  (Parque do Povo) a sul da cidade. Este é um ponto de convergência lúdica para todos os fãs. É aqui que se sente um constante ambiente de festa cheio de música e diversão.

Aqui, em ambiente alegre, convergiram pessoas que partilham a mesma paixão pela Eurovisão. Nesta animada mistura de ambiente e entre um bar gay de qualquer grande cidade europeia e constante música de festival actual e passada (e por onde passa imenso tráfico de mensagens de Grindr e Scruff)transforma-se numa vibrante discoteca à noite. Foi aqui que muitos artistas participantes do festival actuaram durante a noite, trazendo o festival distante e impessoal do estádio para um ambiente íntimo e próximo dos fãs. Alguns até confraternizaram com a multidão e aceitaram graciosamente tirar fotografias.

 

A primeira semifinal ocorreu no dia 14 de Maio. Entre as dezasseis actuações desta noite, ao agrado de uns (Bélgica, Dinamarca, Bielorrússia, Rússia, Estónia, Irlanda, Lituânia, Moldávia, Ucrânia e pela primeira vez desde 2004, os Países Baixos) e desilusão de outros que ficaram para trás: Áustria, Montenegro, Sérvia, Chipre, Eslovénia e Croácia.

A segunda semifinal ocorreu no dia 16 de Maio desta vez com dezassete actuações, sete das quais (Macedónia, São Marino, Albânia, Bulgária, Suíça, Israel e Letónia) não foram apuradas, mas avançaram a Arménia, Geórgia, Noruega, Malta, Hungria, Grécia, Islândia, Azerbaijão, Roménia e Finlândia à qual gostaria de sublinhar a atuação de Krista Siegfrids que depois de muita discussão sobre a sua posição assumida de apoiar o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Finlândia, beijou uma mulher no fim da actuação. A canção desta cantora chama-se “Marry Me” (Casa-te Comigo). É uma canção pop muito animada que trata, segundo a cantora “de amor”. Na Eurovisão, todos as manifestações políticas explícitas ou subversivas são proibidas. Sigfrids defende a sua posição de beijar uma mulher em palco afirmando “É apenas uma canção sobre amor. Estamos em 2013 e posso beijar quem quiser” “It’s just about love – now it’s 2013, and I think I can kiss anyone I want to.”, durante uma entrevista a um canal de televisão dinamarquês.

 

Finalmente Sábado trouxe a tão esperada final onde todos os países deram o seu melhor. Muito talento e originalidade dominou o palco, mas no fim só pode haver um ou uma vencedor(a). Este ano a honra foi para a Dinamarca com a sua canção “Only Teardrops” (Só Lágrimas) interpretada pela artista e cantora Emilie de Forest. O próximo Festival da Eurovisão será assim realizado em Maio de 2014 na Dinamarca!

A Eurovisão é inseparável da sua essência LGBT e pela qual pode ser considerada um dos maiores eventos LGBT, se não oficialmente, praticamente.

Mais uma vez repetiu-se a festa, a música, a alegria, a magia, o convívio e o espírito unificador deste inesquecível e acolhedor festival onde todas e todos são sempre bem-vindos. Thank you for the music! Obrigado Malmo!

 

Ricardo Duarte em Malmo (Suécia)

 

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