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As fotos e as surpresas da 16ª Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa

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Um armário. O símbolo da opressão, da vergonha e do silêncio para gays, lésbicas, bissexuais e transgéneros foi levado para a 16ª edição da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa (MOL) pelo casal gay revelação Lorenzo e Pedro. Ambos protagonizaram vários dos momentos animados ao longo da tarde, gritando palavras de ordem como “Saiam do armário!”.

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Enquanto isso, vários participantes saíam literalmente do armário dotado de umas rodas e que atravessou este Sábado várias ruas do centro Lisboa. Segundo o casal gay do momento, "se toda a gente estivesse fora do armário era muito mais fácil".

A abrir a marcha desfilaram pessoas transgénero e intersexo com faixas e cartazes em que se podia ler mensagens como "Aqui está a resistência trans", "transfobia continua a matar", "trans visíveis" ou "binarismo mata".

A tarde de Sábado trouxe também muito calor e várias surpresas. O Bloco de Esquerda criou um arco formado por dezenas de balões que coloriu os céus ao longo do percurso e a ILGA transportou algumas crianças num tuk-tuk. Ao contrário do que muitos julgavam, o percurso da marcha não chegou a atravessar o Chiado e a terminar, como tem sido hábito, na Praça da Figueira. No Largo Camões, a marcha rumou ao Cais do Sodré, descendo a rua do Alecrim.

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Foi aí que os manifestantes tiveram oportunidade de passar em frente à Barbearia Fígaro, na Rua do Alecrim, que foi notícia por impedir a entrada de mulheres, mas deixar homens e cães entrarem no estabelecimento. Vários manifestantes gritaram “cobardes”, enquanto a barbearia mantinha temporariamente a porta fechada com o auxílio de um agente da PSP.

Entre os vários grupos e colectivos presentes, ILGA Portugal e Bloco de Esquerda asseguravam as maiores comitivas. Quanto a representação partidária, além do Bloco, onde pontificavam vários deputados e líderes, como Catarina Martins e Mariana Mortágua, também o Livre (incluindo Rui Tavares e Daniel Oliveira), o PAN (Pessoas, Animais e Natureza) e o MAS (Movimento Alternativa Socialista) integraram a marcha.

madonna.jpgPor parte do PS ou da Juventude Socialista não houve faixas ou cartazes, apesar de o presidente da concelhida da JS de Lisboa ter integrado a manifestação. No que respeita a ausências nenhum grupo desportivo gay esteve presente, à excepção de meia dúzia de membros do colectivo de natação Golfinh@s de Lisboa, que enveredaram a t-shirt do grupo. Negócios ligados à noite gay voltaram a não marcar presença. Apenas a Maria Lisboa, antiga discoteca lésbica em Alcântara, saiu à rua para promover uma festa na noite de 27 de Junho, no Room5, coincidindo com a noite do Arraial.

Madonna é que não quis ficar de fora da Marcha de Lisboa e publicou uma mensagem nas redes sociais a lembrar que "o amor não conhece cor, género ou limites. Partilha-o, espalha-o e defendo-o Lisboa! Feliz Dia do Pride!"

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Contrariando a prática dos últimos anos, as reivindicações de dezenas de grupos de activistas LGBT que integram a comissão organizadora da Marcha do Orgulho LGBT puderam ser ouvidas na Praça do Comércio, em vez da Praça da Figueira. A 16ª edição da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa reivindicou o fim da violência e do silêncio que afecta a comunidade, com destaque para as pessoas trangénero e intersexo. Foi precisamente esse o mote da maioria das intervenções. Fora do guião surgiram as intervenções dos representantes do GAT/CheckpointLX, que exigiram o acesso à profilaxia pré-exposição ao VIH, da rede ex aequo, que foi o único grupo a relembrar que este ano havia legislativas e que era preciso votar em quem tivesse "políticas activas" para a comunidade LGBT, e a fechar o colectivo Bichas Cobardes, com uma mensagem irónica para as "bichas amigas", que vivem complexadas perante quem defende os direitos LGBT.

No fim dos discursos não houve festa na principal praça da capital. Recorde-se que o Arraial Pride só acontece dia 27 de Junho. Em alternativa, os grupos e associações que compõem a organização da MOL programaram para esta noite uma festa de angariação de fundos para a edição 2016 da marcha. A festa tem lugar na discoteca Pride Disco, na rua Ferreira Capa, junto ao Marquês de Pombal, a partir das 23 horas.

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Vê aqui quem marcou presença e aquilo que associações e colectivos LGBT defenderam nas ruas de Lisboa nesta reportagem fotográfica.

 

Fotos de Rui Marques, André Gonçalves, André Faria, Jorge Cunha, Rodrigo Grilo e Inês Monteiro.

 

Regressa em breve, o nosso álbum de fotos ainda vai receber mais fotos!

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