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Festival Política em Lisboa de 24 a 26 de Abril

festival politica

9.ª edição do Festival Política em Lisboa acontece este ano de 24 a 26 de Abril no Cinema São Jorge, coincidindo com as celebrações do 25 de Abril que passam pela Avenida da Liberdade.

No ano em que se assinalam os 50 anos do Processo Revolucionário em Curso (PREC), a programação destaca as actuais “Revoluções em Curso” na sociedade portuguesa e além fronteiras. O festival irá ainda assinalar os 50 anos das Eleições para a Assembleia Constituinte, as primeiras eleições livres, por sufrágio directo e universal, que se assinalam no dia 25 de Abril.

Fica a par dos conteúdos queer, feministas e anti-racistas desta edição:

Sábado, 26 de Abril:

 

16h – cinema

Sessão Mulheres que lutam

“Presence”, de Nasim Dehghannayeri, 1’ (Irão)

Infelizmente, a presença das mulheres só se dá através da procriação e do sexo.

“Message”, de Saeed Moltaji, 9’ (Irão)

Uma repórter determinada, numa Gaza devastada pela guerra, enfrenta as más condições de internet, pelo que decide levar todos os cartões de memória ao seu colega no edifício da agência de notícias.

“Cautivas”, de Itxaso Díaz, 20’ (Espanha)

Actualmente, 24 países proíbem a interrupção da gravidez em qualquer circunstância. El Salvador tem uma das leis mais restritivas do mundo. Lá, as mulheres acusadas de aborto podem ser condenadas a penas de prisão de até 40 anos por homicídio qualificado. É o caso de Cristina Quintanilla.

“Els buits”, de Sofia Esteve, Isa Luengo e Marina Freixa Roca, 20’ (Espanha)

A história oral pode restaurar uma parte esquecida do nosso passado? Poderá quebrar o silêncio perpetuado entre gerações? Aos 17 anos, Mariona foi presa e colocada num centro de correção gerido pelo Patronato de Protección a la Mujer, uma instituição dedicada a “regenerar mulheres malditas” durante o regime de Franco e os primeiros anos de democracia. Em 2023, ela e a filha tentam juntar as peças e lacunas dessa história. Documentário nomeado para os Goya 2025.

 

18h – poesia

Poesia Periférica – Edvania Moreno, Vânia Andrade Puma e Demba Djabaté

Edvania Moreno, Vânia Andrade Puma e Demba Djabaté entrelaçam sons e palavras numa fusão sem fronteiras, onde tempo e espaço se dissolvem. Guiam o imaginário à essência do Ser que habitam — o Ser que pensam, observam e traduzem em música e poesia. Através do instrumento e da palavra, criam sinergias que dão forma ao invisível, permitindo que a metamorfose aconteça. Edvania Moreno é artista, violinista, professora e compositora cabo-verdiana residente em Portugal. Vânia Andrade Puma é uma poetisa portuguesa descendente de mãe e pai cabo-verdianos. Demba Djabaté é músico, artesão e multi-instrumentista, oriundo de uma longa linhagem de griots mandingas da Guiné Bissau.

 

21h30 – humor

Beatriz Gosta – espectáculo

Beatriz Gosta apresenta-se num formato especial dedicado ao feminismo e ao combate às discriminações e ao preconceito. Será uma atuação onde os temas que percorrem o seu mais recente espetáculo de stand up, “RESORT”, partilham o palco com as inquietações mais recentes, num formato pensado especialmente para o Festival Política. Beatriz Gosta dispensa apresentações, depois de ganhar vida através de um videoblog em 2015, alcançou um lugar de destaque no meio digital, dando rapidamente o salto para a rádio e televisão. Atingiu grande notoriedade junto do público e conseguiu conquistar os corações de várias gerações com o seu jeito único de ser e abordar até os assuntos mais sensíveis. Com interpretação para Língua Gestual Portuguesa (LGP)

 

23h – cinema

Sessão Maiores de 18

“A culpa é da água”, de Ana Leonor Guia, Marta Quintanito Roberto, Ruben Pinto, Tiago Magalhães, 5’ (Portugal)

Gisberta, mulher trans imigrante, recebe a notícia de que é seropositiva. Perde as suas fontes de rendimento e torna-se sem abrigo e toxicodependente. No edifício onde escolhe ter o seu abrigo é abordada por jovens extremamente violentos.

 

“Cruising”, de Nadir Sonmez, 7’ (Turquia)

A cultura do sexo gay ao ar livre continua a ser preservada num parque anónimo em Istambul. À noite, a câmara segue a coreografia do “cruising”, um narrador faz um relato formal e os corpos estão ausência. É uma etnografia da luxúria masculina no escuro. Curta-metragem selecionada para o Rotterdam Film Festival e para a New MoMA Doc Fortnight 2025.

 

“Rainbow Nation”, de Marieke Dermul, 25’ (África do Sul e Bélgica)

África do Sul, o paraíso queer – ou pelo menos é o que se diz. Conhecemos as imagens do Orgulho de Joanesburgo. A África do Sul é o único país em todo o continente africano onde as pessoas LGBTQIA+ têm direitos iguais e podem casar. No entanto, o contraste entre a Constituição e a realidade quotidiana é gritante. As pessoas queer lutam pelas suas vidas todos os dias. Correm o risco de agressão física, violação ou assassinato. Todos os anos, mais de 500 mulheres lésbicas são violadas devido à sua orientação sexual. No Soweto, no mesmo local onde ocorrem os crimes de ódio, estas pessoas pretendem recuperar as ruas e mostrar que ousam ser elas próprias.

 

“Les filles c’est fait pour faire l’amour”, de Jeanne Paturle, Cécile Rousset e Jeanne Drouet, 16’ (França)

Filme de animação que segue a investigação de uma socióloga sobre a sexualidade em casais. As entrevistas a mulheres heterossexuais entre os 25 e os 45 anos abordam experiências, desejo e amor, bem como as normas nas relações homem/mulher e os caminhos para a emancipação.

 

Outro destaque vai para os “Cara-a-cara com deputadas e deputados”, no dia 24 de Abril, às 18h. A poucas semanas de eleições legislativas antecipadas e durante cinco minutos, os participantes inscritos conversam individualmente com cada deputada/o sobre um tema, dúvida ou questão.

 

O FP contém uma vasta programação, que combina cinema, poesia, música, humor, conversas, debates, performances e exposições, tudo de entrada gratuita. Programação completa e informação detalhada aqui: https://festivalpolitica.pt/ 

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