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Isaac Santos: "Tornei-me na pessoa que precisei de ter ao meu lado quando cresci"

Isaac Santos

Numa altura em que a extrema-direita vai ganhando terreno e atenção é importante recordar a Revolta de Stonewall. Relembrar o poder e a importância da união e da compaixão entre todos.

A nossa história tem milhares de anos que foram apagados e tudo o que nos resta tem 50 anos de memórias. Há que relembrar que os nossos direitos não são garantidos, qualquer crise política os pode mandar abaixo. Passámos de ser vistos pelos media como uns freak para passar a ser os coitadinhos, quando não somos nada disso. Somos apenas seres humanos, pessoas como outras quaisquer a reivindicar os direitos. Há que continuar a lutar e a marchar pela igualdade e diversidade. Proteger a liberdade de expressão daqueles que a usam para camuflar o ódio e a violência contra todas as minorias e as mulheres.

Uma das várias motivações para o meu activismo foi ter crescido sem conhecer uma única figura pública trans com um papel importante na nossa sociedade. Não havia nenhum ponto de referência para uma pessoa trans se não a prostituição e não que esta inferiorize quem quer que seja, mas é uma imagem bastante limitadora e aterradora para uma criança.

Ser uma pessoa Trans não faz de mim menos boa pessoa, menos bom partido, menos bom profissional. 

Uma das várias motivações para o meu activismo foi ter crescido sem conhecer uma única figura pública trans com um papel importante na nossa sociedade.

Quando tive a oportunidade de participar no projecto que veio dar origem ao documentário RIP 2 MY YOUTH, fiquei bastante grato de poder ser para as pessoas Trans o big bro que eu não tive e que tanta falta senti.

Ter a oportunidade de ir falar a escolas, dar entrevistas, ir à Assembleia da República, dar uma TEDx são desafios muito diferentes que levei no coração sempre com o mesmo intuito. Mostrar que uma pessoa Trans é igual a qualquer outra com a pequena diversidade de ter nascido num pacote errado.

Quando era criança senti falta de alguém assim, alguém que falasse abertamente sobre Trans e desse a cara pela causa. Tornei-me na pessoa que precisei de ter ao meu lado quando cresci, para que mais ninguém passasse a sua adolescência com a ideia de que ser trans é sinónimo de solidão.

 

Isaac dos Santos, activista

 

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