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Prémios Arco-Íris da Associação ILGA Portugal estão de volta para galardoar os melhores de 2021 e 2022 na luta contra a discriminação

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Os Prémios Arco-Íris da Associação ILGA Portugal – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo regressam na sua primeira cerimónia com público após a pandemia, acolhida em “prime time” pelo LuxFrágil e galardoando pessoas e entidades que se distinguiram e tornaram visíveis, ao longo dos anos de 2021 e 2022, na luta contra a discriminação.

Os Prémios serão entregues no dia 16 de Fevereiro (quinta-feira), às 21h30, no LuxFrágil.  A cerimónia conjunta das 20.ª e 21.ª edições dos Prémios Arco-Íris será conduzida por Luana do Bem, humorista e apresentadora, e por Paulo Pascoal, figura pública angolana e artista de teatro, televisão, rádio e cinema.

A iniciativa da maior e mais antiga associação LGBTI+ de Portugal celebra pessoas e instituições que se distinguiram ao longo do ano de 2021 e 2022 na luta contra a discriminação em função da orientação sexual, da expressão e identidade de género e características sexuais no nosso país. Celebrando ainda as relações inter-associativas, dois dos prémios são atribuídos pela rede ex aequo – associação de jovens lgbti e apoiantes e pela AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género.

A cerimónia contará também com as actuações de Luan Orkun e Judas. A festa pós cerimónia, organizada pelo LuxFrágil, recebe o DJ set de Di Cândido e Leo Soulflow.

Os troféus, criados pela artista Maria João Vaz, serão entregues às seguintes pessoas e entidades:

 

Ivvi Romão

O poder de contarmos as nossas próprias histórias tem um impacto especialmente importante na criação de laços com quem as escuta, como no empoderamento de quem as conta. Num contexto em que as vivências trans na primeira pessoa ainda estão sob o manto da invisibilidade, poder contar a sua própria história é mais do que uma demonstração de orgulho em quem são, é também, muitas vezes, um ato de sobrevivência e de orgulho. A expressão artística tem aqui o condão de ser o veículo de representar aquilo que se é por excelência e foi precisamente através dela que a artista e modelo Ivvi Romão inaugurou e legitimou a existência do seu próprio corpo-obra queer. No seu percurso profissional Ivvi Romão tornou-se um marco na representatividade e visibilidade das pessoas trans em Portugal. 

 

Projecto “Bragança, Diversidades Contigo”, da Cruz Vermelha Portuguesa, Estrutura Local de Bragança

O acesso à saúde é um direito fundamental, mas a falta de acesso a um sistema de saúde digno e a cuidados específicos e fora dos grandes centros populacionais continua a empurrar as pessoas trans para contextos altamente discriminatórios, inseguros e que reforçam a desigualdade social. O projecto “Bragança, Diversidades Contigo!” foi criado pela Cruz Vermelha de Bragança para contrariar esta narrativa instalada há demasiado tempo no nosso país. Com o apoio de profissionais especializados, o projecto “Bragança, Diversidades Contigo!” aposta em acções de formação, promove o acesso a consultas especializadas e facilita processos de afirmação, estabelecendo-se como espaço de referência ao apoio a pessoas trans no distrito.

 

Teatro Nacional D. Maria II, sob a Direção Artística de Pedro Penim

O Teatro Nacional D. Maria II, sob a direcção artística de Pedro Penim, viu surgir peças como Casa Portuguesa, ou Maráia Quéri, ou ainda Outra Língua e Ainda Marianas, e soube sair de si para as levar a todo o país, posicionando-se assim na dianteira da reflexão sobre como se pode ter um papel activo na revolução do cânone, acolhendo uma perspectiva interseccional e tendo consciência do quanto a falta da diversidade fragiliza a cultura.

 

Jornalista Ricardo Cabral Fernandes, pela peça de investigação “Práticas de conversão de orientação sexual: as torturas que ainda acontecem em Portugal

As chamadas práticas de conversão continuam a ser realizadas em Portugal de forma impune. O impacto na saúde mental e na auto-estima das pessoas submetidas a estes actos desumanos é avassalador. Submeter crianças, jovens e pessoas adultas a estas actividades sem qualquer validação clínica continua a ser uma realidade desprotegida na legislação portuguesa. É neste contexto que surge a investigação assinada pelo jornalista Ricardo Cabral Fernandes no jornal Setenta e Quatro e intitulada “Práticas De Conversão De Orientação Sexual: As Torturas Que Ainda Acontecem Em Portugal”.

 

Rede de Bibliotecas Municipais de Lisboa

As BLX reforçaram a sua aposta pela promoção da igualdade de género e da visibilidade das pessoas LGBTI+ com reflexões internas, formações das equipas e a realização de actividades em prol da igualdade e da inclusão. Todo este trabalho culminou no lançamento do Manual "Aberta a todas as pessoas: servir a comunidade LGBTI na sua biblioteca", que tem apoiado o trabalho de bibliotecas por todo o país. 

 

Cláudia Varejão, pelo filme Lobo e Cão e pelo projecto (A)MAR - Açores pela Diversidade

Cheio de orgulho e diversidade, o filme Lobo e Cão transporta-nos para espaços e vivências queer nos Açores, trabalhando a desconstrução de estereótipos de género e dando cor e corpo ao poder da união, da amizade e das comunidades. Mas mais do que isso: a obra está directamente relacionada com a criação da associação (A)MAR, um centro de apoio às pessoas LGBTI+, fazendo uma ponte directa entre a visibilidade, a representatividade, as reivindicações políticas e a necessidade urgente de, por todo o lado, clamarmos pela existência de espaços inclusivos e de comunidade.

 

Prémio Arco-Íris atribuído pela AMPLOS:

Casa do Povo de Fermentões / Caminho para o Futuro, pela criação do gabinete Bússola – o projecto contempla um gabinete de apoio à comunidade LGBTQIA+ e seus/suas familiares. Com sede nas instalações da C.P.F, o projecto pretende também dinamizar várias acções de informação e sensibilização no concelho de Guimarães e em outros concelhos limítrofes com vontade de desenvolver projectos nesta área.

 

Prémio Arco-Íris atribuído pela rede ex aequo:

Jornalista Andreia Friaças, pelas peças «Para os jovens trans, ir à escola é “uma batalha”: “Tinha medo de que me agredissem”» e «Linguagem inclusiva não é “capricho”. É “igualdade e respeito”»

 

Os Prémios Arco-Íris 21/22 são patrocinados por Rosário Duarte, AVA Clinic, Fujitsu e Mama Shelter e apoiados por Lush e Restaurante Casanova. A entrada na cerimónia é livre, sujeita à lotação do espaço e reservada a maiores de 16 anos.

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